A Terapia Crânio-Sacral busca acessar o potencial de cura que há em cada indivíduo, ou seja, acordar o médico interno que há em cada um. A base da terapia é o acompanhamento da movimentação sutil dos ossos que formam o sistema crânio-sacral (crânio, coluna vertebral e sacro). Seus toques são extremamente suaves, e portanto, pode ser aplicada inclusive em recém nascidos. A técnica foi desenvolvida pelo osteopata John E. Upledger, quando observou em uma cirurgia que as membranas que envolvem o Líquor da medula pulsavam num padrão diferente dos padrões conhecidos, o respiratório e o circulatório.
O Líquor é uma solução salina, com baixa concentração de proteínas e células, incolor e transparente, responsável por transportar oxigênio, glicose e outras substâncias do sangue para os neurônios e para a neuróglia. O Líquor circula entre espaços do crânio, medula espinal, e pelo sacro.
Para aqueles que desconhecem, o sacro é um osso grande e triangular localizado na base da coluna vertebral e na porção superior e posterior da cavidade pélvica, no qual está inserido como uma fatia entre os dois ossos do quadril. Sua parte superior se conecta com a última vértebra lombar, e sua parte inferior com o osso do cóccix.
A pulsação do Liquor é chamada de somática primária, pois é a primeira que se manifesta, ainda, no útero materno. O terapeuta consegue sentir essa pulsação em todo o corpo do paciente. E quando não sentir, com toques sutis, a estimulará, buscando quebrar bloqueios, para ativar o potencial de cura, que resulta em auto-recuperação. Este reequilíbrio leva a uma sensação de tranquilidade e de bem-estar.
A Terapia Crânio-Sacral é classificada como psicoterápica. Isso faz que com que bloqueios físicos e emocionais se decomponham durante o tratamento, no qual o terapeuta irá acolher o paciente e ajudá-lo a redescobrir e encontrar seu caminho natural de transformação.
É comum o paciente procurar este tipo de terapia por causa de dores corporais. Entretanto, esta dor é comumente resultante de um trauma emocional. Assim, durante os toques sutis do terapeuta, o desaparecimento da dor e a manifestação das memórias podem ser concomitantes e emoções presas são liberadas.
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