O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido pelo terapeuta
dinamarquês Emil Vodder, em Paris, em 1932. Embora seja uma técnica antiga, ela
é muito utilizada, tanto na Europa, quanto no Brasil. A drenagem atua no
sistema linfático, que funciona paralelamente à circulação sanguínea. Os
movimentos da massagem seguem o trajeto dos vasos linfáticos, o que melhora as principais
funções do sistema venoso e linfático.
Um pouco mais sobre o sistema linfático
O sistema
linfático é uma rede complexa, composta de linfonodos, ductos linfáticos,
tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos. Essas estruturas
produzem e transportam o fluído linfático, conhecido como linfa, dos tecidos
para o sistema circulatório. Além disso, também atua no sistema imunológico, ajudando
os glóbulos brancos a protegerem o organismo contra a invasão de bactérias e
vírus. Em resumo, podemos dizer que o sistema linfático tem três funções
básicas:
- Remover o excesso de fluídos dos tecidos;
- Absorver os diferentes componentes da gordura e transportá-los para o sistema circulatório;
- Produzir células de defesa como os linfócitos, que protegem o organismo contra diversas doenças.
Quando
há acúmulo ou retenção de líquidos, a drenagem linfática ajuda a eliminar esses
líquidos por meio das compressões, que aceleram o processo de direcionamento ao
sangue e a consequente eliminação das toxinas e excesso de líquidos pelos rins.
O grande diferencial da drenagem linfática é que as manobras feitas com as mãos
do terapeuta movimentam a linfa em direção aos gânglios, o que ajuda a ativar a
circulação.
Além
de atuar no combate ao inchaço, a drenagem linfática é benéfica para aliviar as
cólicas menstruais, aliviar dores nas pernas, minimizar os processos de fibrose
após cirurgias, tendo como benefício adicional um efeito sedativo e relaxante.
A técnica também aumenta a oxigenação da pele, deixando-a com um aspecto mais
saudável.
Um
dos principais efeitos colaterais benéficos da drenagem linfática é a vontade
de urinar logo após a massagem. É importante ressaltar que quando aplicada
corretamente, por um profissional habilitado, a drenagem linfática não dói nem
deixa marcas roxas (hematomas) no paciente.
Outro
ponto importante é a quantidade de sessões para atingir um bom resultado: no
mínimo 10, pelo menos uma vez por semana. A realização de atividades físicas
regularmente e a adoção de uma alimentação saudável são fundamentais para
complementar o tratamento, principalmente para as pessoas que têm como objetivo
a perda de peso. Entretanto, pessoas com problemas circulatórios e mulheres que
costumam apresentar sintomas da tensão pré-menstrual são muito beneficiadas
pela drenagem linfática.
Apesar
de todos os pontos positivos da técnica, vale lembrar que ela deve ser aplicada
por um fisioterapeuta habilitado e especializado. Além disso, existem algumas
contraindicações. A drenagem linfática não é recomendada para mulheres com
diagnósticos de tumores e nódulos não identificados e para pessoas que já tiveram casos
de trombose venosa profunda.
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